sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Desfralde


Uma novidade dessa proporção merece uma postagem. Depois de três longos anos vivendo com seu rechonchudo bumbum dentro das fraldas, Guingo finalmente está as abandonando! Consegue permanecer o dia inteiro bem sem elas, com raríssimas escapadas. A melhor parte é que tanto o número um quanto o número dois estão sendo bem gerenciados por ele. 
Sei que muitas mães sofrem com o desfralde e relatam que essa é uma das fases mais difíceis. Aqui em casa optei por não sofrer. Optei por não me aborrecer e deixar meu filho livre para dar esse passo quando ele se sentisse pronto e pudesse verbalizar isso. Tentei umas quatro ou cinco vezes depois dos dois anos e a única coisa que obtive foram uns três dias de vazamento gratuito, muitas roupas de cama para lavar e uma criança chorando pedindo as fraldas de volta. Desencanei. Pensei racionalmente: "Ninguém vai pra faculdade usando fralda. Então mais cedo ou mais tarde ele vai aprender".
E assim foi. Logo depois de completar três anos meu filho vira para o pai antes de tomar banho e diz "Quero fazer cocô no vaso". E fez. E dia seguinte pediu xixi. E está desfraldado, vai a restaurantes e pracinhas desfraldado. Assim, da noite para o dia, sem lágrimas, sem escapes e com muito orgulho.

Muitas pessoas criticavam o fato de uma criança grandinha como meu filho ainda usar fraldas. Nem liguei e continuo não ligando. Pelo menos não o pressionei, não me aborreci e vi como as coisas se resolvem com naturalidade.
A dica que deixo hoje aqui no Repositório é essa: se seu filho ainda não deu aquele passo que você tanto anseia, seja o desfralde, comer sozinho ou dormir a noite toda, talvez a razão é que não tenha chegado a hora dele! O primeiro passo para exercer a maternidade de forma tranquila e consciente é apoiar seu filho, acompanhando seus passos e não o empurrando em direção às conquistas que almejamos muitas vezes por comparações esdrúxulas do tipo - "Ahhh, seu filho ainda não anda? Com essa idade o meu já andava, corria, fazia triatlo..."
Então, mães, muita hora nessa calma. Nossos filhos são capazes, com nosso apoio não há barreira intransponível.

Beijos.

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